O primeiro contacto com o edifício dos anos 80 do século XX, no centro histórico da cidade de Setúbal é de estranheza. Por becos e vielas chegamos à estreita Travessa da Portuguesa e somos surpreendidos por um edifício que se destaca da envolvente edificada de traço Pombalino. A diversidade de imaginários e as incitações lançadas por a pós-modernidade do edifício revelam-se desafiantes.
O programa pretendia a transformação de três fracções de comércio e serviços numa loja de produtos hortícolas orgânicos, no piso térreo, e dois estúdios nos pisos superiores. Procurou-se transformar os espaços “frios” do edifício em ambientes acolhedores onde as madeiras e a carpintaria definem a organicidade das funções.